segunda-feira, 26 de junho de 2017

Em defesa da lanterna de Doom 3

Originalmente publicado em 11 de maio de 2017

É, eu gosto de Doom. Isso é um eufemismo, na realidade. Uma franquia de jogos de tiro dedicada à liberação sistemática de testosterona via toletes de chumbo na cara de demônios do inferno, com uma trilha sonora chupinhada de clássicos do heavy metal? E eu sou um daqueles nerds antissociais que vive tentando parecer mauzão, só tem roupa preta no armário e prefere mil vezes um bate cabeça e um filme de terror a uma baladinha? Parece que esses jogos foram feitos pra mim!

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Os jogos de luta têm mais representação feminina hoje do que na década de 90?

Originalmente publicado em 3 de setembro de 2016

Há alguns dias, a crítica de games feminista Anita Sarkeesian lançou um vídeo novo em seu canal Feminist Frequency (https://www.youtube.com/channel/UC7Edgk9RxP7Fm7vjQ1d-cDA) falando sobre a falta de variedade de representação de corpos femininos em videogames, argumentando que os homens têm uma variedade imensa de representações físicas de acordo com suas personalidades e características, mas as mulheres continuam presas ao padrão social estabelecido pela sociedade patriarcal. Eu, de cima da minha montanha de privilégios masculinos, não poderia explicar melhor do que ela, então tá aqui um link pro vídeo (em inglês):


As qualidades de um bom "stealth game"

Originalmente publicado em 2 de maio de 2016

Um dia eu escrevi em um dos meus textos (a resenha do Dishonored, que você pode ler neste mesmo endereço eletrônico) que a fantasia de poder do ninja era muito mais atraente para mim do que as fantasias de machão comuns que os jogos normalmente oferecem. Quero dizer, não me levem a mal, eu acho Doom um dos melhores jogos de tiro já feitos, mas a ideia de ser invisível fala muito mais diretamente comigo, e infiltrar um local sem ninguém me ver requer um pouco mais de raciocínio do que simplesmente apertar um botão até toda a matéria orgânica que estiver na sala se fundir com a parede.

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Porque Street Fighter V não vale seu dinheiro (neste momento)

Originalmente publicado em 26 de março de 2016

Quem me conhece sabe que sou fã de jogos de luta, e, portanto, sabe que eu aguardava ansiosamente pelo lançamento de Street Fighter V em fevereiro. Pelo título deste post, provavelmente também já se deram conta de que fiquei um tanto quanto decepcionado com o lançamento.

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Shovel Knight: Vendendo nostalgia

Originalmente publicado em 19 de janeiro de 2016

Eu nasci em 1989, ano este que, para a história dos videogames, foi um período de transição entre a terceira e a quarta gerações de consoles. O Sega Genesis estava fazendo sua estreia nos EUA, e vindo pra cá pela sua alcunha japonesa, o Mega Drive. Ainda assim, o dominante NES (Nintendo Entertainment System) ainda não havia morrido, e jogos como Mega Man 2 e Dragon Quest ainda eram lançados por aqui. É mais ou menos comparável a como 2014 foi, um ano em que o Playstation 4 e o Xbox One começavam a ter títulos, mas tínhamos versões “last-gen” deles.

O Mega Man original era assim. Note como a pedra na mão do chefão não tá renderizada direito 
O Mega Man original era assim. Note como a pedra na mão do chefão não tá renderizada direito

A importância do tom (e onde Arkham Knight falha)

Originalmente publicado em 12 de janeiro de 2016

Este post contém spoilers para os jogos Batman: Arkham Asylum, Batman: Arkham City e Batman: Arkham Knight.

Então, no ano passado, o lançamento de Batman: Arkham Knight finalizou uma das trilogias mais aclamadas de todos os tempos nos videogames. E, assim como boa parte das trilogias de super-heróis, foi uma terceira parte cheia de altos e baixos e que me deixou com um gosto ruim na boca. Mesmo assim, são jogos muito bem feitos, e a parte que eu gostava dos jogos anteriores ainda está em Arkham Knight. O problema é que a Rocksteady, por algum motivo, resolveu fazer uma mudança drástica na atmosfera e no conteúdo.

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Sobre Star Wars e a "Mary Sue"

Originalmente publicado em 5 de janeiro de 2016

O texto a seguir contém spoilers em potencial do filme Star Wars: The Force Awakens. Nada do que falarei é especialmente surpreendente, mas se você é uma daquelas pessoas que considera até o rosto do Kylo Ren sem máscara como um spoiler, já coloco o aviso agora. Mantenha em mente antes de continuar.

Hey there, fellas!

Hoje eu vou me desviar um pouquinho do assunto dos videogames (e possivelmente cutucar um vespeiro, mas vale o risco). Não se preocupem, pois ainda vai continuar dentro do reino das nerdices agudas. Mas é um assunto sério. *pigarreia pro assunto sério*

Desde a estreia do novo filme da série Star Wars, um dos assuntos que andou correndo a Internet (mais pro lado da gringolândia, mas o Omelete fez algum comentário a respeito e vi por alguns outros cantos do Facebook também) era a possibilidade da personagem Rey ser uma “Mary Sue”. O post de hoje vai ser para falar sobre isso, e para tal, precisamos estudar o que significa o termo “Mary Sue” e onde essa “controvérsia” realmente quer chegar.

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Multiplayer: porque não gosto (e um pouco sobre Star Wars: Battlefront)

Originalmente publicado em 29 de dezembro de 2015

Então, passei o Natal (e provavelmente passarei a virada do ano também) jogando Star Wars Battlefront (o desse ano, não o de 2004). Yeap, o hype me pegou, tirei fotinhas com sabres de luz na Comic Con, e aí fiquei com vontade de continuar nele. O filme é bem legalzinho, vai lá assistir.

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Call of Duty: Ghosts

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Originalmente publicado em 15 de abril de 2014

Call of Duty: Black Ops foi o jogo da franquia que me fez perceber o quanto esses jogos de tiro militares estavam ficando cada vez mais chatos, e uma das principais críticas que fiz foi que Black Ops falhava em ser o jogo que seu próprio título dava a entender que seria. Quando penso em “Black Ops”, penso em missões de espionagem, penso em agentes trocando informações secretas em becos escuros, e penso em coisas que poderiam ser negadas pelos governos envolvidos. A última coisa que penso é em invadir Cuba com um esquadrão de três soldados e dar um tiro na cara de Fidel Castro, e isso acontece logo na primeira missão.

Outlast

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Originalmente publicado em 10 de outubro de 2013

YES! O terror voltou!

Deixe-me esclarecer: jogos de horror andaram em baixa nos últimos tempos. Ou melhor, todos os jogos de horror esqueceram do que significa ser um jogo de horror. Silent Hill, minha franquia favorita, se vê perdida tentando incorporar mais elementos de ação e tentando deixar o combate mais satisfatório. Resident Evil, que Deus o tenha, afundou de vez com o sexto capítulo, tentando ser quatro jogos diferentes e falhando em ser todos eles. Outras franquias desapareceram, como Fatal Frame, Siren e Haunting Ground. O único lugar onde poucos jogos de terror ainda estavam fazendo certo sucesso é no círculo independente, onde Slender tomou de assalto os virais do Youtube e transformou sustos em moda.

Far Cry 3: Blood Dragon

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Originalmente publicado em 2 de junho de 2013

Em que época bizarra estamos vivendo hoje em dia, não? A década de 2010 (e até certo ponto a de 2000 também) é um tempo que não tem nenhuma identidade cultural. Até mesmo a década de 90, insossa como foi, tinha seus ídolos e suas características. Hoje em dia a molecada tem que vestir o suéter do avô e dizer que é “vintage”. E juntamente com essa falta de identidade, também vêm as “homenagens”.

Bioshock Infinite

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Originalmente publicado em 25 de abril de 2013

E se eu tivesse jogado o Super Mario World, lá em 1994, e não tivesse curtido? Eu não estaria aqui, escrevendo esse post. Também seria uma pessoa muito mais infeliz, eu acho. Mas essas são apenas especulações. Eu poderia muito bem ter descoberto os games de outro jeito, ou teria me dado muito melhor em matemática e continuado minha carreira de programador, ou teria me dedicado a treinar e jogar basquete.

Tomb Raider (2013)

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Originalmente publicado em 5 de abril de 2013

Ciclos. Uma rápida busca no Google me mostra que um zilhão de ciclos fazem parte da nossa vida, desde a biologia celular, passando pela história, até os pensamentos filosóficos. O Wikipédia me mostra uma dúzia de ciclos de combustão explicados pela física, por exemplo. Os games também têm seus ciclos.

Crysis 3

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Originalmente publicado em 3 de março de 2013

Quando Crysis foi lançado em 2007, foi acusado de ser nada mais do que uma demonstração técnica, um game que foi feito apenas com a intenção de mostrar do que as máquinas da época eram capazes de fazer, para ser um benchmark, e não para ser um bom game. Essas acusações, ao meu ver, caíram por terra assim que tive a oportunidade de rodá-lo (ou seja, quando comprei um pequeno reator nuclear) e constatar que de fato era um dos melhores jogos de tiro que já havia jogado. A combinação de poderes especiais, mapas bastante abertos e livres, e cenários visualmente deslumbrantes só não era tão divertida quanto Half-Life 2.

Dead Space 3

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Originalmente publicado em 17 de fevereiro de 2013

Spoilers da franquia abaixo.

Sabe, acho engraçado que até hoje ninguém tentou fazer uma adaptação direta do filme “Aliens”, dirigido por James Cameron em 1986, para um game. Afinal de contas, que game, especialmente os de tiro em primeira pessoa, não tirou inspiração direta (vulgo copiou) de “Aliens”? Qualquer jogo que você tenha jogado que tenha o tal “Space Marine”, ou um fuzil de assalto com um lança-granadas embaixo, ou formas de vida que criem meleca na parede, ou que envolvam rastejar entre dutos de ventilação, ou que tenham um robô gigante para enfrentar um chefão. Vai lá, agora conta quantos jogos têm uma ou todas essas características. Boa sorte.

Hotline Miami

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Originalmente publicado em 29 de janeiro de 2013

O tempo que fiquei jogando Dishonored produziu algumas anedotas curiosas. A que mais levou a reflexão foi a seguinte: minha sobrinha de 4 anos veio até meu quarto e ficou assistindo enquanto eu jogava, na época, em High Chaos. Quando eu matava algum guarda, ela me perguntava: “Tio, porquê você está matando as pessoas?”. Eu expliquei a historinha do jogo pra ela, mas ainda assim, encontrei muita dificuldade em explicar porque eu estava matando as pessoas, principalmente porque o Dishonored permitia que eu não matasse ninguém. Eu estava ESCOLHENDO matar todo mundo porque uma tela de loading me disse que o final do game mudaria. E no fim o final diferente nem foi tão legal assim.

Dishonored

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Originalmente publicado em 25 de janeiro de 2013

Se eu pudesse escolher ter um poder só, eu escolheria ser invisível. Não sei dizer se essa é uma escolha comum. As pessoas geralmente querem voar, ou ter super força, ou ter o fator de cura do Wolverine. Mas eu gostaria de ser invisível, ou no máximo ter aquele poder da Mística, de transmutação, e poder me disfarçar com o rosto de quem eu quisesse. E digo o porquê: eu gosto da ideia de não ser percebido, especialmente nos games.

Far Cry 3

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Originalmente publicado em 8 de janeiro de 2013

Alguém na Ubisoft andou lendo Alice no País das Maravilhas, não é?

Far Cry 3 abre com esta frase, tirada diretamente do livro (em inglês no game, obviamente): “No mesmo instante, Alice entrou atrás dele, sem pensar como faria para sair dali.” Ela também é encontrada no início de Assassin’s Creed III, da mesma empresa, no momento em que os heróis adentram a tumba central onde Desmond passará o game inteiro. Nos dois games, a metáfora e relação do mundo imaginário de Alice faz sentido. A diferença é que Far Cry 3 é bom, pelo menos em termos de jogabilidade. *momento controvérsia*

The Darkness II

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Originalmente publicado em 31 de dezembro de 2012

Pelos últimos oito meses, andei trabalhando numa loja de quadrinhos. Com a experiência, e os contatos com mais pessoas que gostam de quadrinhos, constatei que os fãs de quadrinhos cujas opiniões podem ser levadas em consideração tendem a não gostar dos anos 90, ou melhor, da representação da maioria dos quadrinhos daquela época. Isso se dá porquê foi a época da Image Comics, talvez mais reconhecida por Spawn. A Image é detestada, principalmente, por ter sido criada apenas por ilustradores, e estes conseguiam fazer personagens que eram estilosos e tinham um visual interessante, mas sem escritores para criar histórias para eles, lançavam dezenas de grupinhos de super-heróis ou revistas de anti-heróis, como o próprio Spawn, que não eram muito originais. De fato, nem mesmo muito bem escritas eram. A única preocupação era o visual.

The Walking Dead

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Originalmente publicado em 3 de dezembro de 2012

Eu sei que é estranho pra maioria de vocês, e pode ser uma coisa muito “hipster” de se dizer, mas alguns de nós já conhecíamos filmes de zumbi antes de toda essa onda. Um dos mais famosos (e provavelmente o melhor) é o velho “Dawn of the Dead”, de 1978, dirigido por George Romero, o cara que praticamente inventou a noção moderna de zumbi. Naquela época não era só nojeira e ação: o mais importante era a crítica à sociedade que Romero mostrava, fazendo o filme se passar num shopping e exibindo os zumbis exatamente como a maioria de nós, consumidores que andam em volta de lojas sem o menor pensamento crítico sobre o que consomem.

Assassin's Creed Revelations


Originalmente publicado em 23 de novembro de 2012

Desnecessário dizer: spoilers dos capítulos anteriores da série Assassin’s Creed serão ditos neste texto. Leia por sua própria conta e risco.

Assassin's Creed Brotherhood


Originalmente publicado em 15 de novembro de 2012

Ok, esse texto irá tratar de spoilers do Assassin’s Creed II. Se você ainda não terminou o Assassin’s Creed II... bom, primeiro, tá esperando o que? Eu já tô atrasado pra caralho fazendo um texto sobre o terceiro enquanto sai o quinto jogo da série. Mas tudo bem, vai lá jogar o II pelo menos, daí você não vai ver spoilers. Ou então feche seu navegador agora.

Assassin's Creed II



Originalmente publicado em 6 de novembro de 2012

O site Mundo Canibal publicou uma minúscula série de vídeos chamada “Game Novela” por volta de 2008. O vídeo que se tornou mais famoso foi o do “Treco Narrando a Treta do Strit Fáiti”, mas o outro consistia num gameplay do primeiro Assassin’s Creed dublado com uma pequena historinha sobre o protagonista Altaïr perseguindo um tal de Paulão, que supostamente teria comido sua irmã. Muitas risadas foram dadas com esse vídeo. Imagine agora minha surpresa ao notar que uma das primeiras missões de Assassin’s Creed II era EXATAMENTE isso, o novo protagonista Ezio Auditore da Firenze indo atrás de um cara que traiu sua irmã. Ainda mais risadas foram proferidas.

Black Mesa



Originalmente publicado em 29 de outubro de 2012

Como você avalia um remake de um grande clássico? Você procura entender como aquele velho game que era tão bom quando você tinha 10 anos consegue se adaptar em meio aos games modernos, ou o avalia conforme o design de níveis daquela época? E quando o jogo não é um produto oficial, e sim um grande mod que levou 8 anos para ser desenvolvido, e melhor ainda, desenvolvido desde o princípio por designers voluntários, e que não cobram absolutamente nada pelo game?

Retrospectiva - Call of Duty: Black Ops (ou porquê detesto shooters militares)



Originalmente publicado em 22 de outubro de 2012

Call of Duty: Black Ops 2 é o jogo mais pré-vendido da história. Em um único dia, houve maior número de pré-vendas do que os totais de vendagem de seu predecessor, e considerando que este vendeu 13,7 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos, é um número bem bruto. Portanto, como “homenagem”, resolvi fazer um post explicando por que Call of Duty: Black Ops me fez perder toda a vontade de jogar esse tipo de game.

Diablo III


Originalmente publicado em 9 de outubro de 2012

Ok, primeiro as coisas que vêm primeiro.

Apesar de todas as coisas horríveis que estou prestes a dizer, Diablo III provavelmente é um dos games mais divertidos que joguei em 2012. Fiquei viciado a ponto de gastar mais de 50 horas apenas levando uma Demon Hunter até o level 60 e chegando na dificuldade Inferno, além de arrumar um equipamento levemente decente pra ela. Então, se você estava com medo de que a Blizzard tinha perdido seu toque enquanto desenvolvedora de games, pode ficar tranquilo. Onde ela perdeu foi ao se tornar uma empresa de mercenários que só pensam em grana, porque isso é o que trouxe quase todos os problemas de Diablo III.

Spec Ops: The Line


Originalmente publicado em 22 de agosto de 2012

Essa onda de jogos de tiro militares já me deu nos nervos. Não me entendam mal, eu adoro o Call of Duty 4: Modern Warfare, mas desde que ele foi feito, milhares de outros jogos idênticos a ele saem todos os anos, sem nenhuma inspiração ou inovação. Um Call of Duty todo ano, um Medal of Honor todo ano, um Battlefield todo ano. E considere por um momento como todos eles são sempre muito iguais. Todos eles precisam ter um momento “chocante” para criar controvérsia e fazer a galera reclamar sobre a violência dos games na TV e, consequentemente, vender mais cópias para os moleques de 12 anos. E esse momento chocante acabou se tornando sempre o mesmo: um ataque terrorista numa cidade grande, que geralmente acaba na morte de um dos personagens jogáveis. Quando você está esperando o momento chocante, ele deixa de ser chocante. Seria maior choque hoje em dia se um shooter militar não tivesse um desses momentos.

Silent Hill 2


Originalmente publicado no dia 19 de agosto de 2012

Claro que a abertura do nosso novo blog não poderia começar com outro post. Eu preciso obviamente explicar o porquê do nome. O nome vem de Silent Hill 2. Lakeside é o nome do prédio residencial pelo qual James precisa passar para chegar ao Rosewater Park. E eu escolhi esse nome porquê, além de soar bem, ele vem do meu jogo favorito. Silent Hill 2 é o melhor jogo que já joguei na vida. E não posso abrir o blog sem explicar por que.